Este assunto e as correspondentes duvidas e descrenças são sempre recorrentes.
Utilizo este processo profissionalmente, para prototipagem e pequenas produções, e posso atestar que é um processo bastante simples com a melhor relação custo beneficio. Se bem realizado produz placas com aspecto profissional.
A prensa que utilizo pode ser substituída pelo ferro de passar roupas, porém a temperatura, o tempo de aquecimento e a pressão deverão ser definidos por tentativas e erro.
Mesmo que o volume de fabricação seja moderado, o investimento em uma prensa como esta é justificado. Muita gente cogita a compra de routers para a fabricação de placa e com certeza o custo com aquisição de um router será bem mais elevado e os resultados limitados.
Neste vídeo mostro o processo do começo ao fim em uma placa de protótipo para o som de um simulador de vôo.
Desde adolescente adoro relógios e constantemente me vejo olhando vitrines a procura de algum interessante.
Quer me dar um presente? Me dê um relógio de pulso!
Meu primeiro relógio digital, em meados da década de 70 foi um modelo a LED cujos dígitos acendiam ao se tocar a moldura do display. Lembro que o primeiro relógio digital que vi foi no pulso do apresentador Silvio Santos, que fez questão de exibir a novidade em um de seus programas.
Recentemente construí 4 relógios, um de prateleira, um rádio relógio e dois de pulso.
O modelo retro-pós-moderno
Este é minha última criação, construído com um microcontrolador da linha Attiny. O intuito foi usar componentes normais ( não os minúsculos SMDs ), deixa-los aparente e mesmo assim manter o relógio com um tamanho de um relógio de pulso médio.
Alguns truques de design eletrônico e programação foram usados a fim de minimizar o número de componentes, otimizar o consumo e permitir a miniaturização, como multiplex de segmento e não de dígitos e um único resistor limitador de correntes dos segmentos.
O aspecto retrô do mostrador ficou por conta do minúsculo display bubble da HP lembrando o design dos relógios de pulso pioneiros e das calculadoras científicas da década de 70.
Em desenvolvimento
Componentes e placas
Componentes e placas
Vídeo em funcionamento
Vídeo em funcionamento
Meu design foi usado como watch face para Smartwatch Antroid:
Este outro, irmão mais velho dele, remete ao estilo Steampunk e foi construído em madeira, latão, cobre, couro e vidro. O circuito, diferente do modelo acima que foi construído, foi aproveitado de um relógio digital de LED baratinho, destes vendidos em camelô.
Os dois irmãos
Em um pulso feminino
Partes do modelo steampunk
Alguns brinquedos
Space Odissey
Amazfit GTR
Nibosi
Casio
Aqua do presidente
Ferrari
Citizen Aqualand 2
Casio Casino Royale
Startrek
Blue Angels
Blue Angels
Rádio Relógio Steampunk
Este rádio relógio construí aproveitando componentes de outros aparelhos e alguns itens domésticos. As cornetas de som, são copos de sorverte Sundae, a caixa de madeira era um porta-bijouterias da minha esposa, as teclas são botões de latão, e assim vai.
O relógio possui displays com tubos Nixie da década de 60 e também é controlado por um microcontrolador.
Ele reproduz musica a partir de pendrive, cartão SD, CD e Rádio FM e também desperta.
Testes com o circuito e tubos Nixie
Na cabeceira de minha cama
Relógio de prateleira
Este de parede, ou melhor de prateleira, foi inspirado no relógio derretido de Salvador Dali.
Imagem da internet
Utiliza um mecanismo padrão de relógios de parede com uma modificação para que os ponteiros andem no sentido anti-horário.
Outra inspiração foi a música Time do LP Dark Side of the Moon do Pink Floyd. A etiqueta do disco também foi refeita e derretida.
Em 1984, depois que saí da Revista Nova Eletrônica, e após uma breve
passagem pela ITAUTEC, fui convidado a fazer parte da equipe de desenvolvimento
dos computadores pessoais da Prológica Computadores.
Tenha o Nanico no peito!
A estampa é produzida com impressão digital (DTG) e o processo é realizado com o que há de mais moderno no mercado, em impressora específica para malharia,
Minha primeira tarefa na engelharia da Prologica foi ler e entender de “cabo a rabo”, o manual técnico do TRS80 modelo III da Tandy norte americana. Foram vários dias de calor infernal, onde o sono pegava e às vezes eu chegava ao final de uma página e nem lembrava o que havia lido no início dela. A leitura tinha somente um objetivo, eu trabalharia no desenvolvimento do CP500.
Trabalhei em varias fases do CP500, uma versão brasileira do
TRS80 III da Tandy, no desenvolvimento do vídeo de 80 colunas para receber o
sistema operacional CP/M que resultou no CP500 M80, no desenvolvimento dos
circuitos integrados com lógica customizada visando o redimensionamento da
placa de circuito impresso, criando o CP500 M80C, na reconfiguração do hardware
para dobrar o clock da CPU e criar o CP500 M80 TURBO, também no teclado
capacitivo e alguns outros periféricos. Trabalhei em inúmeros outros projetos e computadores, incluindo o CP400 color, e são histórias para contar em outra oportunidade.
Imagem da internet
Imagem da internet
Anúncio comercial do CP500
Tanto envolvimento íntimo com o CP500 e não tive a oportunidade de ter o meu
próprio. Recentemente resolvi fazer um “clone” do CP500 e, por falta
de espaço para acomodá-lo, resolvi construí-lo em escala reduzida. O CP500 nanico seria na escala apropriada
para que eu pudesse utilizar um velho monitor de aproximadamente 5”, retirado de
encosto de cabeça de carro. Para a plataforma de software, depois de testar alguns emuladores,
resolvi utilizar o SDLTRS. O SDLTRS é um emulador multi plataforma (Windows,
Linux e MAC) gratuito e fornecido sobre a licença GNU, quanto ao hardware a escolha mais indicada, devido às dimensões e
flexibilidade, foi o Raspberry PI 3, o que
me da à possibilidade de utilizar o nanico como uma plataforma de
desenvolvimento muito elegante além de central de jogos. O primeiro desafio na construção foi desenhar o gabinete,
que somente foi possível com a ajuda do amigo Claudio Henrique Picolo, proprietário de um verdadeiro
CP500 M80C. Ele fez algumas fotos da sua máquina acrescentando algumas medidas.
As medidas que não estavam incluídas nas fotos foram calculadas com simples
regra de três.
Uma das fotos de Claudio Henrique Picolo com medidas
Após a determinação de
todas as medidas originais apliquei a escala adequada e recortei as partes a
laser em retalhos de MDF.
(O controle indicando brilho, ficou sendo de volume do som)
Interior ainda inacabado
O segundo desafio foi o teclado funcional. Feito com eletrônica a
cargo de um microcontrolador ATMEGA 8535 com interface USB para a conexão ao Raspberry
PI. As teclas em escala foram construídas com resina. O controlador do teclado também é responsável pelo controle da carga dos disketes virtuais. Ao ser inserido um disco virtual nos drives o controlador lê um código binário através de furações no diskete e carrega o equivalente do SD Card.
Modelos de algumas das teclas
Painel frontal dos drivers em escala.
Bloco dos drives já montado, aguardando a eletrônica
(vide os furos que identificarão o diskete inserido)
Testando o leitor de cartão RFID
Sendo o SDLTRS um software livre, me permitiu modificá-lo
para a emulação dos LEDS e som dos mecanismos.
Operação com disketes ( LEDs e som do mecanismo )
Rodando o Retropie, plataforma de jogos.
Disketes virtuais em escala, com furos de identificação